Fico com minha liberdade de asas quebradas
Quando pegamos o nosso amor e o servimos
Em bandeja de coração é porque se tem amor.
Nunca se quer brincar de faz de conta, não eu.
Quando digo que te amo, é porque, é, o que tenho
De mais verdadeira para te sussurrar...
Mas somos livres, livres para aceitar ou não o que nos
Servem... E somos livres também, para escolher
Se vivemos um amor platônico, ou, o esquecemos.
Nessa vida não vim para viver a beira da estrada
Esperando a corona que nunca virá...
Fico com minha liberdade de asas quebradas
A viver a ilusão do amor inexistente...
Amor dividido, só entre mães e filhos...
Quando amamos de verdade, até o sobrar
Da brisa é motivo para se dividir...
Quando amamos de verdade, o nosso amor
Não precisa mendigar divisões dos momentos
Vividos a sós, com ele...
Quando amamos de verdade, só em está vivo
É motivo para dividir com quem nos ama...
Quando amamos de verdade, de milésimos
Fazemos horas, é com certeza, uma fração
Desse tempo vai para nossa paixão...
Quando amamos de verdade, nada, mais nada!
É motivo para deixar quem nos ama a nos esperar
Em janelas da vida!
Quando amamos de verdade, dialogamos, no silencio do olhar
Nos sons das palavras...
Só se monologa quando o amor é só de faz de conta,
Monologo não só existem com uma pessoa, duas também
Podem ter um monologo, onde só uma fala... E a outra
Finge escutar e ler o que recebe... Quantas palavras
Minhas não foram para a lixeira, sem nem se quer olhares
Para elas... Pois, se não fosse assim, saberias da minha dor
Por alguém querido que doente está...
No amor, eu que nada entendo e a cada sol, me convenço
Que sou uma toupeira, querendo enxergar onde não tem
O que se ver; como carinho, atenção...
Pergunto-me: POR QUÊ?
Mais uma manhã que da minha janela te vejo sair
E dessa vez para nunca mais voltar... Quando...
Quando amamos de verdade, dividimos até o indivisível
Nós mesmos...
Assim prefiro minha liberdade de asas quebras
A viver a sonhar com um pássaro que não sabe amar!
“... Quando eu der o meu amor, será porque você, eu encontrei...”
Mas ainda não foi dessa vez. Então, você, eu ainda não encontrei.
Edna Maria Pessoa.
Natal-RN, segunda-feira, 01 de outubro de 2012.