Monólogo

As palavras soam tristes, caladas,

soam quase como um nada;

dispersam-se no vento,

aquelas frases frias e geladas.

Respondo como posso,

de fato não quero, mas me esforço.

Rebuliço o passado,

digo o que sinto e o que penso,

até o negar dos meus pensamentos.

Convenço-me de que não há nada,

engano-me, acredito nas palavras caladas.

Falar é bom, e faz bem.

Bom, não falo muito com ninguém.

Não falo pois prefiro, por puro prazer;

guardo ideias, sentimentos, devaneios,

estão todos fadados mesmo à morrer.

Mas assim continuo,

tento falar, tento me abrir.

Nem sempre funciona, pois,

não sei dizer o que consigo sentir.

Se quiser ir, que vá logo!

Leve essa dor vazia, leve o meu ópio...

Se for ficar, este é o meu prólogo

Vamos! Sem conversa, estou com pressa...

Dê-me logo a hora do meu óbito!

Larissa Maciel
Enviado por Larissa Maciel em 28/09/2012
Reeditado em 05/03/2013
Código do texto: T3906629
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