ULTRAPASSANDO OS LIMITES
Eu hei de ultrapassar o limite desse devaneio!
Quem sabe extravasar no calor do verão.
Nas águas gélidas do Amapari
Desaguar o êxtase de minha paixão.
No luar dolente e estrelas cálidas
Vou subjugar o amor ferido.
Nessa terra de amor febril
Vou suster o orgulho enaltecido.
Só não posso é morrer de amor
Por um querer que não faz jus
Essas tardes mornas do Amapari
É força que me conduz.
Então...
Que a brisa mansa te leve amor indigno
De encontro ao teu destino de solidão.
Eu hei de pisar o sonho que almejei
Mas vou coroar de flores minha ilusão.
Deixo-te livre pra saudade amanhecer
No teu próprio veneno de insensatez.
Viva seu desatino pra amadurecer
Nos atenuantes da indignidade que te desfez.
Adormeça com tua culpa
Pra te servir de consolação.
Parto agora e deixo-te livre para aprender viver.
Engulo as mágoas dessa relação
Mas liberto meu coração.