Nudez de espírito

Enquanto viaja o pensamento

Move-se rios a flor da pele,

Leviana, a utopia do momento,

Que nunca espera que se revele.

Dança o corpo, a arena universal,

Teus lances vibram fora de si,

Tua chama enobrece o visual

A alma não se preza só por ti.

Que é luz, passa e escurece,

Que é segredo, vira fantasia;

Paixão, a vil nobreza se aquece,

Amor, quantas almas te iludia?

Vê-se cegos, os olhos a face ingrata,

Sente-se nu, o ego as damas postas,

E vistos os corpos de alma sensata

Na insensatez das almas mortas!

26 de setembro de 2012

Jairo Araújo Alves
Enviado por Jairo Araújo Alves em 26/09/2012
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