Nudez de espírito
Enquanto viaja o pensamento
Move-se rios a flor da pele,
Leviana, a utopia do momento,
Que nunca espera que se revele.
Dança o corpo, a arena universal,
Teus lances vibram fora de si,
Tua chama enobrece o visual
A alma não se preza só por ti.
Que é luz, passa e escurece,
Que é segredo, vira fantasia;
Paixão, a vil nobreza se aquece,
Amor, quantas almas te iludia?
Vê-se cegos, os olhos a face ingrata,
Sente-se nu, o ego as damas postas,
E vistos os corpos de alma sensata
Na insensatez das almas mortas!
26 de setembro de 2012