Tinha que ser assim

Escondeste o eco do meu grito...

Em silêncio rasgo o véu da noite com meus lamentos.

Minha alma se afasta sobrosa,

Do que posso fazer comigo mesma...

Me revezo nesta cama de espinhos e pregos a calcar na carne os lamentos meus...

Não há corvo que não se anime ao ver a quase decadência de um ser que até ontem amava...

“Não morremos quando deixamos de viver e sim quando deixamos de amar”, o poeta estava certo. Não há vida se não há amor... Não há vida...

Mas o amor... Deveras... Acabou... Feito chuvinha de verão, ao final da estação...

E cá estou... Tentando refazer o caminho, trilhado por nós dois.

Agora... O que será do agora, depois do DEPOIS?

Há uma marca de dor e solidão, que fere minha alma, agita meu coração...

Não quero beber a taça do teu fel...

Ofereceste-me o céu...

E o meu lamento AGORA Se faz ouvir nos quatro cantos, a procura de alguém que recolha o que restou de mim...

Não tem explicação... Tinha que ser assim...

val cunha
Enviado por val cunha em 24/09/2012
Código do texto: T3899044
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