Tinha que ser assim
Escondeste o eco do meu grito...
Em silêncio rasgo o véu da noite com meus lamentos.
Minha alma se afasta sobrosa,
Do que posso fazer comigo mesma...
Me revezo nesta cama de espinhos e pregos a calcar na carne os lamentos meus...
Não há corvo que não se anime ao ver a quase decadência de um ser que até ontem amava...
“Não morremos quando deixamos de viver e sim quando deixamos de amar”, o poeta estava certo. Não há vida se não há amor... Não há vida...
Mas o amor... Deveras... Acabou... Feito chuvinha de verão, ao final da estação...
E cá estou... Tentando refazer o caminho, trilhado por nós dois.
Agora... O que será do agora, depois do DEPOIS?
Há uma marca de dor e solidão, que fere minha alma, agita meu coração...
Não quero beber a taça do teu fel...
Ofereceste-me o céu...
E o meu lamento AGORA Se faz ouvir nos quatro cantos, a procura de alguém que recolha o que restou de mim...
Não tem explicação... Tinha que ser assim...