Amor líquido
Se o amor é líquido,
quero-o como James Bond,
um Martini seco e elegante,
sedutivo e cativante,
heróico e fatal.
Se o amor é líquido,
quero-o como no Brasil,
um cafezinho puro e doce,
gostoso e risonho,
acordado e energético.
Se o amor é líquido,
quero-o como na infância,
uma sopa saudável e quente,
vigorante e saturante,
confortável e abrigadora.
Se o amor é líquido,
quero-o como no meu barzinho,
uma cachaça forte e barata,
para esquecer os meus desamores.
(homenagem ao livro Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos, do sociólogo Zygmunt Bauman, sobre o amor na época pós-moderna)