Sob as Manchas do Tempo

Pra ver se ainda podia sentir dor

Machuquei a mim mesmo nesta noite

A ferida se mostrou áspera e vermelha era a cor

A lua brilhou mais forte e não senti a força do açoite

O brilho das estrelas do céu que se limpou

Mostrou que o amanhecer seria indefinido

Logo a noite passou

Pro dia chegar e mostrar quem será punido

Eu uso essa coroa revestida de trapos

Rodopiado de ideias partidas

Coberto de proteções de rasgos

Sob as manchas das vindas e idas

O parapeito do arranha-céus indica o fim

Ou seria o começo?

Você salta pra ver se pode voar sim

Pra ver se tem paz, pra ver se tem sossego

E há milhões de quilômetros daqui

Eu começaria de novo, levantando da podridão

Sob as manchas do tempo, ali

Com a luz surgindo na escuridão

Deixei meu coração cair

Deixo-te chegar para reivindicá-lo

Com tua luz e sorriso de meu gelo partir

Mas venha sem alarde e com cuidado

Eu não tenho nada mais para provar

É por você que eu morreria para defender

E saiba que medo do novo sempre haverá

Mas é você quem determina onde e com quem quer estar.

Flávio Galindo
Enviado por Flávio Galindo em 20/09/2012
Código do texto: T3891649
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