MORRER POR MORRER ...

Eis-nos perante uma tal crise acentuada

Que lá de fora aqui aprofundou raiz,

Num triste drama, para tolher este país,

Em negra noite que secou a madrugada.

Confiaremos agora no senhor da espada,

Quando ele nos quebrou a crista e a cerviz?

Não há remédio que nos cure a cicatriz

E todo o povo grita mas não leva a nada…

Com insensíveis leis e duras emoções

Como se poderão salvar os corações

S´ o nevoeiro não permite o sol brilhar?

Ai, Alcácer Quibir da colectiva dor,

Se a luta se agravar deste mal a pior

Havendo que morrer, que seja devagar!

Frassino Machado

In JANELAS DA ALMA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 17/09/2012
Reeditado em 18/09/2012
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