MORRER POR MORRER ...
Eis-nos perante uma tal crise acentuada
Que lá de fora aqui aprofundou raiz,
Num triste drama, para tolher este país,
Em negra noite que secou a madrugada.
Confiaremos agora no senhor da espada,
Quando ele nos quebrou a crista e a cerviz?
Não há remédio que nos cure a cicatriz
E todo o povo grita mas não leva a nada…
Com insensíveis leis e duras emoções
Como se poderão salvar os corações
S´ o nevoeiro não permite o sol brilhar?
Ai, Alcácer Quibir da colectiva dor,
Se a luta se agravar deste mal a pior
Havendo que morrer, que seja devagar!
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA