Deus de bijuteria
Onde estavas onipresente
Quando os reis negros,
As rainhas negras,
Os prícipes negros,
As princesas negras.
Eram arrancados de seus castelos,
De seus reinados,
De suas terras.
Iguais a bichos amarrados
Marcados a ferras
Alvos de guerras?
Por que ignoraste onisciente
O sofrimentos,
Os choros,
Os lamentos.
Dos índios tão gentis ?
Pobres inocentes!
Por que não disseste
Aqueles brancos
Que esses pardos
Também eram gente?
Por que foste tão neutro
Permitindo tal extermínio?
Por que foste tão brando
Com aqueles assassinos?
Qual o teu poder onipotente?
Diga-me do que é capaz de fazer?
Saciar a sede dos nordestinos?
A fome dos famintos?
Por que oh! Todo Poderoso!
Permete tantas injustiças
Ao homem?
Ah!se eu fosse Deus
Faria, jus ,ao nome!