Deus de bijuteria

Onde estavas onipresente

Quando os reis negros,

As rainhas negras,

Os prícipes negros,

As princesas negras.

Eram arrancados de seus castelos,

De seus reinados,

De suas terras.

Iguais a bichos amarrados

Marcados a ferras

Alvos de guerras?

Por que ignoraste onisciente

O sofrimentos,

Os choros,

Os lamentos.

Dos índios tão gentis ?

Pobres inocentes!

Por que não disseste

Aqueles brancos

Que esses pardos

Também eram gente?

Por que foste tão neutro

Permitindo tal extermínio?

Por que foste tão brando

Com aqueles assassinos?

Qual o teu poder onipotente?

Diga-me do que é capaz de fazer?

Saciar a sede dos nordestinos?

A fome dos famintos?

Por que oh! Todo Poderoso!

Permete tantas injustiças

Ao homem?

Ah!se eu fosse Deus

Faria, jus ,ao nome!

Zé Roberto Filho
Enviado por Zé Roberto Filho em 11/09/2012
Reeditado em 27/08/2013
Código do texto: T3876476
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