CONTRAMÃO
Quantos caminhos sofridos...
Desejos nunca abraçados!
Versos frios nunca ouvidos,
Lábios negros não tocados.
...
Quanto choro reprimido...
Poesia quase sem cor!
Quantos desejos abstidos,
Quantas veemências do amor!
...
Quantas matizes tingidas
Pela cor da solidão!
Quantos sonhos inatingíveis,
Quantas buscas em vão!
...
Quantas histórias imprimidas
No papel da ilusão,
Quantas tristezas escritas
Pelas mãos da contramão.