Um forasteiro, o amor sem destino
Por muitas vezes por ser forçado a deixar sua morada,
O amor é transformado em um sem destino, um forasteiro.
Que está em todos os lugares de diversas formas e cores.
E à única coisa que pode fazer é continuar indo embora.
Pois até para um forasteiro tem que se ter um lugar para ficar.
O amor é uma coisa complicada, e também descomplicada,
Quando o sol daqui o inebria com a mesma intensidade
que o sol do lado de lá.
O amor é um pássaro a semear o riso a vida, da vida.
O calor nos dias frios de alguém,
Já de outrem o chocolate quente, a lareira ardente.
O abraço embevecedor.
O olhar mais lindo de um olhar dos olhos.
O uivo do lobo a sua lua.
Vulcão que não queima, alimenta.
A tempestade desejada, buscada.
Mesmo com tantos adjetivos,
o amor quase sempre é deixado de lado.
Nem sempre sabemos o que queremos, vivemos esperando,
não sabemos pelo o quê.
Assim transformamos o amor em um forasteiro sem destino.
Quando o sem destinos somos nós;
perdidos diante de uma janela, que nem sabemos se algum dia,
para nós se abrirá...
O amor que não passa da varanda é um forasteiro sem destino,
Que foi dos seus sonhos acordado e jogado ao vento sem rima.
Que o busque, o amor, seu destino.
Pois naquela casa daquela rua, ainda não é esperada a sua chegada...
Edna Maria pessoa
Natal-RN, quinta-feira, 23 de agosto de 2012.