Necrológio do amor e dogmatismo
Não me humilharei por amor,
não era dor aquilo que doía,
não era lamento o que eu lamentava,
não era cólera o que eu sentia,
no peito transtornado soluços,
no seu semblante a loucura.
Tudo perdido, tudo morrendo
o constrangimento dos derrotados,
o carinho desdenhado,
a agressiva língua de sua ira ferina,
FERIU TANTO!
A batalha do bem contra o mal
anunciando um novo testamento.
Herdeiros de dogmas enraizados,
QUE IRONIA!
Deus é amor, ele da amor, quer amor,
há diferença no amor de Deus?
ou o Deus de cada um é mesmo diferente?
Sabem os vermes triunfantes?
Talvez o Diabo em júbilo!
Porque o amor resultou inútil?
seu coração estava seco,
preso em crenças errantes,
de um Deus vingativo, vigilante,
que tudo olha e tudo vê e a tudo castiga.
Vem o sopro poderoso de um Deus severo,
mas ao mesmo tempo benevolente, para
os que lhe temem e seguem sua cartilha.
Oh! Meu amor, minha eterna criança, venha
para o colo de meu eterno amor de pai.
Damos graças ao senhor;
Ao seu amor;
As suas maravilhas;
Sua sabedoria;
Porque seu amor é eterno,
ficai atento a cada manifestação
do amor de Deus em sua vida.
Se tudo for liberto, se resolve,
falo em nome da injustiça e dos
que se iludem na brutalidade e
religiosidade fanática.
Não há vergonha nas lágrimas;
Não há castigo em dialogar;
Não há vergonha em amar á Deus (amar)
e dar graças por cada dia vivido.
Ficaram tuas palavras gravadas,
teus traços funéreos.
Paz! O amor é admiração
Oh! Cântico dos Cânticos...
Hei de levantar-me e percorrer
a cidade, as ruas e praças,
procurando o amor de minha alma.
Oh! Cântico dos Cânticos...
Antes que expire o dia
e cresçam as sombras,
daí júbilo ao meu coração.
Pois o amor é unir, não a terra ao céu,
mas duas pessoas que Deus criou, para
se completarem no amor e respeito.
Amém!