Os meu olhos cheios d” água...
Tentam conter a cachoeira que desaba, de tanta dor.
Desolada, cansada nem sei quem sou...
Mel foi o que colocastes nos meus lábios,
Conquistaste-me, seduziste-me
E depois que enjoastes.
Largaste-me tal qual uma megera, esquecida ao leu...
Sem pudor, sem nada, sem direito a reclamar.
Apenas consumida pela dor,
Rastejava feito lesma pelas ruas,
Deprimida, de tanto desconsolo.
Colocaste em minha boca o gosto do fel.
Amargo...
Amargo...
A dor me consumiu.
Sem entender nada, apenas seguia pelas estradas.
Aquele resto de mulher ferida, magoada,
Carregando suas dores, suas tralhas,
Era uma mulher ferida pelo amor.
Não lhe restou nada,
Soa apenas a lembrança daquela que pensou ter sido amada.
Esta morta e enterrada.
Sem saber o que era o amor.