Amor Intolerável Dor

Repulso-o dentre a janela,

Essa angústia tão intolerável,

A luz que ao som se revela,

Tornando o existir lamentável

Erguendo-se em sua ascensão

Em meu existir sombrio,

Criando tuas raízes no coração,

Neste viver assim frio!

Agora que as pinturas completas

Desfazem-se pelas luzes,

Estrangulo o amor que apertas

Pondo-o entre as cruzes!

Atire-me as pedras com os teus,

Dedos feridos na agonia,

Da morte já não temo a Deus,

Só o amor e a sua alegria

Nas pedras da solidão suplicaria

Pelo perdão de tanta dor,

Jamais esse amor eu toleraria,

Matá-lo-ia com meu rancor

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 19/08/2012
Código do texto: T3838890
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