E assim aconteceu...

À meia-luz, lembro-me apenas

do teu vulto caminhando para a porta,

que suavemente se fechou e sem

ao menos dar uma olhadela para trás

ou esboçar um gesto de despedida,

tu a atravessaste silenciosamente,

tal como surgiste e tal como vais

embora de minha vida!

Ficou um gosto de amargura

e solidão em meio à colcha

e ao lençol, mas o teu perfume

inebriava-me os sentidos e trazia

de volta lembranças dos bons

momentos do nosso amor!

Aproximo-me e abro a porta,

querendo vê-la pela última vez,

mas já é noite e a única coisa

que posso fazer é estender o braço

e gesticular o meu último adeus,

como se fosse possível tu me enxergares,

já distante, em meio àquela triste escuridão!

Jaime Rezende Mariquito
Enviado por Jaime Rezende Mariquito em 18/08/2012
Reeditado em 21/10/2013
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