Aqui!
 
Eu desisti de dormir,
levantei!
e simplesmente abri a janela,
e olhei a imensidão desta distância,
de um tal alto equilíbrio instável...
 
Eu não consigo me esconder,
nem de mim, nem de ninguém,
mas tenho minhas reservas,
e as vezes apenas queria ficar só,
sim eu preciso...
 
Toda luz que há em mim,
não cabe somente em uma janela,
e entre ficar sentada e seguir meus sonhos,
vou atrás deles, que seja!
voar pelo infinito, caminhar pelas pedras...
 
E se sangrar, que seja superficial,
e se doer, que não seja mortal,
e se descobrir, que seja para sorrir,
e se ocultar, que não seja por falta de amar,
e se quiser chegar, que seja pra ficar...
 
 
Silvana Santos