Se fez o fim...
Queria em tua casa entrar, regressar.
Mudar de lugar tuas velhas mobílias
Rir de tua fraqueza, te irritar
Quebrar tua armadura, falsa bravura
Que a duras penas fingi ostentar.
Esconde-se em teus solos impassíveis
De onde te invado, te decepciono
Desvalido teus acordes ao injetar letras aprazíveis.
E em teus olhos que guardam águas de umedecer poros
São em noites serenas que se tornam concebíveis
Retrógrado, covarde, intacto ao meu gosto
Do lado de cá, me ergo. Te esbarro, te evito,
Desço a rua, saio à chuva, esqueço o fim proposto
A água desbota a maquiagem colorida,
Mas os palhaços costumam tatuar um sorriso no rosto.