Teus olhos
Este lume noturno dos teus olhos,
Faz-me andar desesperadamente.
E faz de mim errante ser simplório,
Amando-te desesperadamente.
O paganismo que há em teus olhos,
Quebra as amarras do que acredito.
Motivo perenal por qual eu choro,
Fazendo-me morrer no paraíso.
Esse mel que escorre dos teus olhos,
É fonte da minha felicidade.
Mas por saber que tê-los já não posso,
Sangra-me a alma a dor dessa saudade.
Essa alegria que há em teus olhos,
Fez-me amar-te mais do que eu quis.
E hoje me traz num riso melancólico,
A certeza de que outrora fui feliz.