INFERNO
Voce foi para mim como um algoz que dilacerou minha alma
Abriu os alçapões do inferno me deixando por conta dos satãs
Tudo fez, sem a menor piedade, destruiu meu eu, tão delicado
Destruiu os sonhos pisando nos meus dias vividos ao seu lado
Pisou nos sentimentos nobres do meu coração, agora vazio
Acabou com a felicidade de meu ser, sem remorso nem perdão
Destruiu minha estrada, me deixando completamente sem rumo
Profanou meus templos interiores, derrubando suas paredes
Abriu feridas no meu espírito que agora vaga sem prumo
Pisoteou meu coração deixando-o no porão fétido cheio de ratos
E, acima de tudo, matou um amor incrivelmente irreal para este mundo
Mas, finalmente consegui submergir do inferno que me deixou
Consegui, como a Fenix, ressurgir das cinzas e
Sobreviver aos seus maus tratos e
Saindo da profundidade do inferno que me deixou
Estou eu aqui, tentando amar novamente, juntando os trapos
E refazendo meu eu despedaçado para dar espaço
À construção de um outro eu e pensar em outros abraços.
Eldorado, 07/08/2012 - 18:00 hs