ELA/ELE

Ela, depois de um momento mágico,

Sentiu um frio metálico

Acolhendo-a como filha.

Sem compreender a solidão repentina,

Encolheu-se como serpentina

A espera de um afago, de um carinho,

Naquele ninho quase vazio

Que jamais viera a ter.

Ele, depois do sexo,

Envolto em sua vaidade viril,

Perdeu a suavidade juvenil

Que momentos antes tivera.

Consciente do dever cumprido,

Vestiu a sua roupa e entregou-lhe o vestido,

E como se nada tivesse acontecido,

Sem ficar nem um pouco constrangido,

Fechou a porta atrás de si,

Com outra dama foi dormir,

Sem pensar que em outro canto,

Deixou um coração em prantos

E sonhos perdidos ao no chão.

By Nádia Ventura

NADIA VENTURA
Enviado por NADIA VENTURA em 05/08/2012
Reeditado em 19/10/2012
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