“DERIVA”
Perdido que estou,
Navego em mim.
Navego em mim:
Este mar revolto.
Sem saber para onde ir,
Navego apenas.
Confusos destinos
De um menino louco.
Sem forças para remar,
Entrego-me ao vento.
Entrego-me ao vento:
Cruel companheiro nos momentos de partida.
Sem forças para remar,
Deixo-o impulsionar-me
Através dos perigos
De minha própria vida.
E, sem saber ouvir estrelas,
Navego à deriva,
Entregue à imensidão.
Dou voltas em um mundo de vidro;
Enclausurado neste presídio
Que se tornou o meu coração!