A VÃ ESPERA (Novas Mulheres na Velha Sociedade)
Noite calma, céu estrelado
Lua cheia, círculo de ouro dourado
Flocos de brancas nuvens
Traçam rabiscos no céu algodoado
A lua vagarosa, às vezes, se esconde
Por entre as nuvens esgaçada
Curiosa e irreverente, brilha uma estrelinha
No vão azul entre a branca multidão.
O verde intenso das copadas árvores
Entre cujos troncos iluminam faróis
Em cada novo clarão
Uma parca esperança, pobre ilusão
Os coqueirais se erguem majestosos na escuridão
Desejando tocar com seus galhos, a lua
No azul celeste da imensidão.