Velhice resignada
Quero me aquietar com o tempo
Zombar das horas perdidas
Passar só com passatempo
Esquecer minhas despedidas.
No fundo da vasta solitude
Nem pra amargura tem lugar
Nem fraqueza, nem fortitude,
Só o vazio a contemplar.
A próxima estação é pra ser
A qual em que pretendo descer
Sem comigo nada levar.
E, se ainda não ser agora,
Sei que muito mais não demora
E que ao nada eu vou passar.