POESIA INSANA

Minha poesia é insípida incolor e inodora

É lamina que corta penetrando a alma

Minha poesia não tem elipses e eclipses

É lacônica inominável e também anômala

Minha poesia não tem contexto ou rima

É a gota que transborda o cálice da ira

Minha poesia é inaudita e assaz insana

É surreal e nefralgicamente anti-superficial

Minha poesia é míope insalubre e obtusa

É antagônica inalienável e em si inóspita

Minha poesia é abissal e incongruente

É o escuro da cegueira de meu olhar

Minha poesia é insignificante e rasa

É a medida incerta de minhas certezas

Minha poesia definha em cada frase

É o pendulo dos sonhos segredados

Minha poesia é meu subconsciente

É o que tenho de desconhecido em mim

Minha poesia não se presta a nada

É apenas o refrigério de meu viver

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 24/07/2012
Código do texto: T3795267
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