Não sou eu
Aquele rosto ali na frente não é meu
Aquele corpo entrelaçado não é meu
A mão que aperta, acaricia
A mão que mata
A mão, o cabelo, o afago
A rosa, o girassol, o cravo
Agora tens um novo escravo e não sou eu...
A promessa que fizemos
Até o livro que nós lemos...
No final sempre morremos...
Ah, já foi feito todo o estrago
Acendo mais outro cigarro
Atiro-me em meio aos carros
Aquele corpo entrelaçado não era meu...