Desenganos

Debaixo daquele véu

Talvez um sorriso triste

Talvez o medo que existe

Na vaidade do incréu.

E aquele terço nas mãos

Orando pelas esquinas

Seguindo só a doutrina

Pelo poder da oração

Querendo enganar o mundo

Mas enganando a si mesmo

Com seu coração enfermo

Padecendo sem humildade

Preso as fraquezas da vida

Valorizando as coisas fúteis

Quem sabe as preces inúteis

Por não fazer caridade.

Edilberto Abrantes
Enviado por Edilberto Abrantes em 09/07/2012
Reeditado em 20/08/2023
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