Súplica à uma alma triste
Oh Alma nua que desolada choras
Peço que emirjas do recôncavo no qual resides
Revista-se da alegria que outrora conhecestes
Sem a qual hoje desmotivada vives
Oh Alma gélida que se encontra aflita
Vai e esquenta-te no calor indesejado
Pois bem melhor é viver aquecida
Que desfalecer na esperança fria
De reacender um fogo apagado
Viver vai além do que vês agora
Lembras que és pó, terra remexida
Sob a lua rirás dos dissabores da aurora
Lamentarás os dias que mortificar-te em vida
Oh alma querida que desbotada andas
Suplico despeça esta dor e este luto
Mergulha profundo nas cores da vida
Não esqueças que o tempo supera tudo