APELO

Quanto esquecimento perdido,

Quanto ressentimento sentido,

Quantas verdades mentidas;

Quantas desilusões nesta vida.

Cadê você, ó dama negra da noite?

Não prolongue minha angustia,

Acabe de vez com essa tortura,

Mostre a face funesta de sua figura.

Tu és forte e poderosa,

Fria, gelada e impiedosa.

Corte a raiz de tanto sofrimento

Ceifando o fruto do nascimento.

Quero ser teu amigo,

Que da vida sou inimigo,

Onde se planta amor e paixão;

E colhe enganos e desilusão.

Quero ir com você para o além do além;

Cansei de resistir, não quero mais insistir,

Vou com você só com passagem de ida

E esquecer que um dia tive vida.

Liu Bernardo
Enviado por Liu Bernardo em 24/06/2012
Código do texto: T3742530