LÁGRIMAS EDIFICADAS
Palavras desconexas do ontem,
Os risos sarcásticos engolidos,
Memórias avessas em desordem,
Lágrimas sólidas edificadas.
Envolvo num clâmide
Meu petrificado coração.
Destruindo a pirâmide
Que confunde-me a razão
E me calo num ato de introspeção,
Fatiando e expurgando sentimentos.
Em volta, nada esboça reação
Só o silêncio que dança com o vento
E as palavras embargadas
Impotentes ante o silêncio
Morrem todas, afogadas
Dentro do meu peito pênsil
Diná Fernandes, Gustavo Drummond & Lena Ferreira