palavra equivocada
não pense que está definido
um dia o certo vai estar errado
e vice e ver e vice e versa
o errado um dia é autorizado
cale a palavra equivocada
os mortos não sabem de nada
não sabem nada
nao sabem nada
no fim niguem sabe de nada
não diga que é isso, aquilo
o não um dia será aceitado
suas palavras envenenadas
o ego é uma droga legalizada
estamos salvos somos rasos
cantando à bulha acalma o vendado
uma cilada será morada
uma doença cura disfarçada
observamos seus princícipios
curvados em média pre-determinada
sobe a fumaça estilhaçada
e os livros nos dão ordens escravizadas
me diga qual o seu problema
espelhos pra desvendar a charada
a sua água é vomitada
na louça o hortela vai pelo ralo
sem folego emerge do sistema
mas os corais me atraem eu me traio
quero afoga-lo e afogados
me acordem tarde, me acordem tarde
e o façam com uma taça caprichada
fizeste seu papel bem feito
brinquei e até fiz parte do teatro
mas minha face está gelada
acordo e agora sempre estou ligado
presente fui ao longe estado
parado mas de alma viajado
só q meus olhos são horizontes
que está pra sol e tem te ofuscado
e veja ja não ves direito
se ves de fato nãe tem exergado
e me percebo socando o vácuo
sem tempo acordo e vou para o trabalho
ah
este é meu buraco
este é meu armário
e eu vou sem jeito e já vou
vou sem nada
só tenho este terno
espero q eu tenha um terno
que tenha um corpo
q tenha amigos
com choro no rosto
sem verbo ter
sem verbo ter