palavra equivocada

não pense que está definido

um dia o certo vai estar errado

e vice e ver e vice e versa

o errado um dia é autorizado

cale a palavra equivocada

os mortos não sabem de nada

não sabem nada

nao sabem nada

no fim niguem sabe de nada

não diga que é isso, aquilo

o não um dia será aceitado

suas palavras envenenadas

o ego é uma droga legalizada

estamos salvos somos rasos

cantando à bulha acalma o vendado

uma cilada será morada

uma doença cura disfarçada

observamos seus princícipios

curvados em média pre-determinada

sobe a fumaça estilhaçada

e os livros nos dão ordens escravizadas

me diga qual o seu problema

espelhos pra desvendar a charada

a sua água é vomitada

na louça o hortela vai pelo ralo

sem folego emerge do sistema

mas os corais me atraem eu me traio

quero afoga-lo e afogados

me acordem tarde, me acordem tarde

e o façam com uma taça caprichada

fizeste seu papel bem feito

brinquei e até fiz parte do teatro

mas minha face está gelada

acordo e agora sempre estou ligado

presente fui ao longe estado

parado mas de alma viajado

só q meus olhos são horizontes

que está pra sol e tem te ofuscado

e veja ja não ves direito

se ves de fato nãe tem exergado

e me percebo socando o vácuo

sem tempo acordo e vou para o trabalho

ah

este é meu buraco

este é meu armário

e eu vou sem jeito e já vou

vou sem nada

só tenho este terno

espero q eu tenha um terno

que tenha um corpo

q tenha amigos

com choro no rosto

sem verbo ter

sem verbo ter

Bandeirante do Universo
Enviado por Bandeirante do Universo em 21/06/2012
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