Dane-se o controle.

Queria perder o controle

Do que sei e do que sou

Da hora de sair e de chegar

De onde fui ou deixei de ir

Do que esqueci, do que perdi

Das coisas nas quais não paro de pensar...

Queria descontrolar o que sinto

O que vejo, mas omito

Tudo aquilo que não me permito

Que deixei o tempo apagar

E que agora quero de volta

Nem que seja pra rejeitar...

Que se dane o traje adequado

O horário marcado pro encontro

Que se explodam essas amarras à toa

E os protocolos de pouco valor

Que nem sabemos pra que empunhar

Mas seguimos como bois no cangaço...

Às favas os sentimentos vazios

Os abraços sem amor ou carinho algum

Os humanos deslumbrados com o próprio lixo

A tempestade desalmada que atordoa

A pedra lançada que fere a pele

E a palavra vazia que fere o espírito para sempre...

Janaina Lúcia Alves

20/06/2012

JanaAlves
Enviado por JanaAlves em 20/06/2012
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