NO TÚNEL DA DOR MAIS CRUA
No túnel da dor mais crua
Acusa desgraçando a tua musa
Amor! Injusto,sofrido, doloroso!
Com voz cruel e tom raivoso
Insensível aos meus gemidos
Sofri a dor que não era minha
Quando lamentavas chorando
Encantastes os meus sentidos
Santuário de amor! Luz sombria
Cai no túnel onde repousa a dor mais crua
Ferindo-me de amor fui atalhada
Perdi todo o prazer e glória dessa vida
Ah!Malfadado amor, paixão funesta
Onde a luz não rompe a bruma
Minha’lma esvanece esfuma
No abismo mais profundo
Na grande noite umbrosa
No silêncio uma voz me fala
Pergunto ao corvo grasnador
Ele então responde:- Nunca mais!
Quero sair do túnel frio e escuro
Voar ao seio dos deuses antigos!
Buscar uma ilha aventurosa
Em meu sonho ouço a melodia!
Da lira e o cair das águas
Quero beber o vinho espesso
Rubro, cor de sangue
Dançar na festa de Baco
Embalada nos braços de Apolo
Quando a chama se fizer,
E a cinza arder!
Um Deus sensível mandará repouso
Então...verei a luz no fim do túnel