QUANDO...
Eri Paiva
Quando, em outros braços, você se aninhou
Deixaste os meus braços, lânguidos, vazios!
Fizeste o meu coração sofrer, tremer de dor
E meu pensamento, tão desvairado e louco,
Perambular por caminhos, os mais sombrios!
Hoje, custa-me acreditar como pude suportar,
Todas as infelizes noites e tão amargos dias
Que me impuseste à vida, por não mais amar,
A quem sempre te quis com o mesmo desvelo
E te preencheu a vida de carinho e alegrias!
Quantas lágrimas meu Deus me viu derramar,
E quantos foram os apelos do meu coração
Para Ele me dar força, proteger e amparar!...
A minh’alma, humilhada, ferida, entre soluços,
Dizia-lhe baixinho: Só Tu, Pai, és a solução!
A estas alturas, a minha vida, sem ti, repousa,
Num tapete verde de saudades! Nessa passarela,
Desfilam minhas lembranças. Cada uma ousa,
Sobreviver ao encanto de um amor desencantado,
Hoje emoldurado em tela de frios tons de aquarela!
Natal/RN – Em 08. 06. 2012