PALHAÇO

Um pálido palhaço

Palpitante, saltitante, saltimbanco

Pantomina sem graça

Arranca risos piedosos de quem passa na praça

Seu disfarce, sua máscara não escondem

Sua esquálida figura, seu rosto maltratado

Sem tonalidade, mesmo assim iludido

Palhaço em toda forma e sentido

No impeto de agradar de fazer rir

Extasiado libertino, a vida ao acaso , á esmo

Sem laurel, frustrado sorriu de si mesmo

Extenuado, se contenta com seu fado

Outrora feiticeiro, encantou, atraiu

Hoje burlesco fantoche

Sombras do passado, adaga que lhe feriu

Um olhar vazio ao deboche..............

Lucas Boavista
Enviado por Lucas Boavista em 13/06/2012
Reeditado em 31/01/2016
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