PALHAÇO
Um pálido palhaço
Palpitante, saltitante, saltimbanco
Pantomina sem graça
Arranca risos piedosos de quem passa na praça
Seu disfarce, sua máscara não escondem
Sua esquálida figura, seu rosto maltratado
Sem tonalidade, mesmo assim iludido
Palhaço em toda forma e sentido
No impeto de agradar de fazer rir
Extasiado libertino, a vida ao acaso , á esmo
Sem laurel, frustrado sorriu de si mesmo
Extenuado, se contenta com seu fado
Outrora feiticeiro, encantou, atraiu
Hoje burlesco fantoche
Sombras do passado, adaga que lhe feriu
Um olhar vazio ao deboche..............