Só
E ninguém chorou por mim
E ninguém um bem me quis...
Segui estrada sozinha
Sem ter a quem abraçar
Sem nem mesmo um despedir
Quando meu mundo ruiu
E eu me ausentei da vida
Ninguém me chamou de volta
Que sobras que me restaram
Tão feitas de desalentos
Como é fácil ser esquecido
Outrora tudo era festa
Muitos amigos e risos
Mas quando o desalento se fez
Só sobrou-me a solidão
Hoje cultivo um jardim
Amanheço e anoiteço
Com o cantar dos passarinhos
E neles eu me apego
Para viver meu novo tempo
Nem sei se me sinto triste
Hoje vivo calmamente
Sem pressa, sem direção
Observando esse mundo
Tão distante do meu eu...