Pássaro Peregrino
Voa, pássaro felino
Semeia em seu dedilhar
Sementes férteis de ilusão
Deixe brotar flores da desilusão
Colha frutos agrestes
De uma insana paixão
Voa, pássaro peregrino
Esconda-se nos braços da nevoa
R espire o ar incolubre
Das niotes perdidas
Num oceano de ais perniciosos
Voa, pássaro sem alma
Deixe cair do seu farfalhar
As dores internas de sua ansia
Que fere o ser indefeso
Tingindo de purpura
O coração pulsante,
ofegante de quem só ama
Voa, voa em sinuosidade
A procura da falsa liberdade
Voa, voa...
Até a eternidade