SOMBRAS DE VERÃO
Entre as luzes de meu quarto
inebriantes poesias se fazem
eu aqui só,
no entanto,
vislumbro as poesias
auroras boreais.
As primaveras prazerosas
as quimeras do verão
em meus sonhos ainda estão
derrubadas de estação.
Acabo de te ver
recostado ao teu sonhar
tu vais vivendo teu prazer
esqueces de me amar.
Outros invernos se irão
certeza tenho de antemão
só reluz nos meus olhos
a indiferença de até então.
Nostalgia noite adentro
em alvos lençóis, macios travesseiros
descubro novo alento
nesse encontro sorrateiro.
Se amar é martírio verdadeiro
desses da dor adormecer
me cubro de outonos
espero o frio acontecer.
N’alma de um poeta
há estações a resplandecerem
tu matas todas elas
quando brincas de esquecer!
[Milena Medeiros-27/07/09
também postado nos blogs da autora no Blogger e no Wordpress, antigo Cantinho da Poesia, do LiveSpace]