A BEIRA DO ABISMO
ESTOU SÓ
O ABISMO CERCA-ME
FAZ DE MEUS PÉS
A ROCHA QUE INVADE-ME
SOU O FRIO DESSA MADRUGADA
A CHUVA FINA NA NOITE SERENA
A SOLIDÃO DA POESIA
TEMPOS HOUVERAM
QUE EU SENTIA-ME UNA
COM O UNIVERSO
COM O AMOR
COM A FELICIDADE
A NOITE SE FEZ
VEIO A FRIEZA D'ALMA
NO GELO DO TEMPO
DAS HORAS QUE SE FORAM
SOU UM TEMPO NÃO MADURO
A FRUTA QUE NÃO VINGOU
A CRIANÇA QUE NÃO NASCEU
ESTOU INDO EMBORA
O FANTASMA DA VIDA
POR AQUI PASSOU
E NENHUM OI DEIXOU!
Negra Noite
16/07/09- publicada no Blogger e no Wordpress (antigo Cantinho da Poesia , do livespace)