A BEIRA DO ABISMO

ESTOU SÓ

O ABISMO CERCA-ME

FAZ DE MEUS PÉS

A ROCHA QUE INVADE-ME

SOU O FRIO DESSA MADRUGADA

A CHUVA FINA NA NOITE SERENA

A SOLIDÃO DA POESIA

TEMPOS HOUVERAM

QUE EU SENTIA-ME UNA

COM O UNIVERSO

COM O AMOR

COM A FELICIDADE

A NOITE SE FEZ

VEIO A FRIEZA D'ALMA

NO GELO DO TEMPO

DAS HORAS QUE SE FORAM

SOU UM TEMPO NÃO MADURO

A FRUTA QUE NÃO VINGOU

A CRIANÇA QUE NÃO NASCEU

ESTOU INDO EMBORA

O FANTASMA DA VIDA

POR AQUI PASSOU

E NENHUM OI DEIXOU!

Negra Noite

16/07/09- publicada no Blogger e no Wordpress (antigo Cantinho da Poesia , do livespace)

Milena Medeiros
Enviado por Milena Medeiros em 06/06/2012
Reeditado em 06/06/2012
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