Latifundiário de Corações.
Levantou poeira na estrada
Chegou sem pedir permissão
Invadiu as áreas cercadas
Demarcou um pedaço de chão
Arrancou as flores do campo
O arbusto da terra tirou
Preparou pra ele um recanto
Depois disso partiu e se foi.
Noutro canto parou e lançou
O olhar como quem não quer nada
E saindo de novo da estrada
Novamente o chão capinou.
Mais um coração arrematado
Agora tão somente arrendatário
Tornou-se mais um apaixonado
Pelo amor de um latifundiário.