Mentira
Havia um suave perfume inigualável,
que de lugar algum tinha origem;
se não de tua boca desejável...
Hálito quente,boca virgem!...
Suguei teus lábios;louco anseio...
Meus dedos abriam o fecho-ecler;
para sugar teu perfumado seio
e fazer-te inteiramente...mulher!...
Mãos tocando o que nunca antes
fora tocado;estradas turvas...
Cegos desejos delirantes...
Perdido em tuas curvas!...
Do lago as águas cintilantes
refletiam por causa do sol a luz;
dois seres insanos e amantes
e despudoradamente nus...
Levaste de mim o que querias,
no vespertino crepúsculo:
o sêmen com o qual conceberias
um novo ser tão minúsculo...
Disseste um simples“até breve”...
Dá muitas voltas;o mundo gira!...
Não voltaste;ninguém deve
sonhar acordado...mentira...