Suplicio
Carrego um sofrimento tamanho que faz doer até os ossos
O choro que meu peito esconde, sufoca, dói a garganta!
Sinto pouco a pouco a alma dilacerando fazendo-se em destroços
Sigo numa marcha interminável de muitas lamentações
Poucas vitórias! Nenhuma esperança!
O cansaço torna-se descomunal, o corpo arcado pelo pesar.
A ânsia que fervilha as entranhas também faz meu coração sofrer
E a angustia que me fere não me deixa continuar a tentar
Ninguém viu a lágrima de sangue por trás do sorriso
Quem se importa?
Alguém poderá julgar minhas injúrias, minha descrença?
Sequer notam que aos poucos desapareço.
Sou como brisa que não se vê, apenas nota-se a presença.
Meus joelhos já não se dobram mais!
Desisti!
Tudo em mim padece!
Meu corpo,
minha alma,
meu coração,
minha prece!