FUMAÇA MALDITA

Recordo como se fosse agora
Minha primeira experiência do mal
E até hoje me pergunto
Se sou fraco ou não sei encarar

Sou um homem como todos os outros
Que luto em vão para deixar
Sofro por dentro o castigo
Mas, que droga tão forte foi me tocar

Em meus lábios sugo o veneno
que por dentro vai me marcar
Seqüelas serão meu martírio
Que para o resto da vida irei carregar

Mostro aos outros a covardia
De um dia ter tido a infelicidade
De uma pequena tragada iniciar
E hoje adulto só fico a me perguntar

Quando terei hombridade
Para poder encarar
Que este pequeno cigarro
Não pode me dominar

Já não sinto o cheiro das flores
E muitas já passaram por mim
Só me resta sentir o perfume
Do veneno que está a me matar.