Tormenta

Tormenta

Que sentimento é este que ofusca a aúrea dos sentimentos.

E se faz alado voando pelo Olímpio estrelado do sagrado cosmo.

E errante sigo os caminhos amaldiçoados, escritos pelo sangue meu.

E aqui jazendo sigo inebriado na amargura resignada da retumbante dor.

Caído aqui entre os espinhos pontiagudos da agonia crescente que fere minha alma.

Venha à dor, venha o tupor, recaia sobre mim esta dor de estar longe do que almejo.

E nestas labaredas tórridas que queima meu intimo, fazendo-me morrer aos pouco.

E hoje jazo inerte sem que o sopro vivido corra em meu corpo gélido.

Ai de mim pobre sofredor que pedido em sombras busco a luz sem encontrar.

Em labirintos falnicos e purgar, as dores impudicas dos pecado.

Entrego-me em amargores e dores, no doce fel que é não sentir.

E espero que a Dama fria venha me beijar apagando a minha tormenta por não amar.