DESENCANTO
Sangra a face da memória incauta
E sorve seu veneno o presente trôpego
E só mesmo o tempo tem como terapeuta
Conquanto no futuro esteja o seu apego
Chora o futuro pela atitude do passado
Engendrado no que deveria ou não fazer
Tem em mente todo o passado repassado
Mas ante ao espelho não tem nada a dizer
Sofre os ideais em si circunspectos
E as idéias pelas horas carcomidas
Na velha história em todos os aspectos
E os momentos das horas destemidas
Cala-se a verdade em meio à hipocrisia
E agiganta-se o antro da mediocridade
Meu sonho hoje é uma casa só e vazia
Onde o amor vê morrer sua liberdade
Morre a esperança a cada novo instante
No delírio dessa vã sensibilidade
Onde no coração o mais importante
É a entrega de quem ama de verdade
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