Cá estou eu desiludida
Por que de repente percebemos
Que tudo foi uma ilusão
Que não há nada subtendido
Que não a retribuição
Só um tolo coração
Não a confissões sutis
Não há declarações entrelinhas
Mas sim uma imaginação fertil e carente
Que confundi nossa mente
Com fantasias
Historinhas
Historinhas que nos enchem de esperança
Confiança
Felicidade
Contos de fadas
Que nos distorcem a verdade
Confundindo a realidade
Então cá estou eu
Segurando meu coração
Na mão
Percebendo que á mágica
A química
O amor
A relação
Eram só diante dos meus olhos
Da minha equivocada percepção
Não existe nem uma cumplicidade
sutil e invisivel
E mesmo que existisse
Quem apontaria?
Quem declararia?
Quem confessaria?
Quem arriscaria?
Tens razão em sentir
Que es teu cada verso
Através deles que eu confesso
Já que tu es a fonte do meu romantismo
Es a fonte da minha desilusão
Es fonte da minha alegria
E de todos os sentimentos
Que transformo em poesia