SILÊNCIO

Não há som, tudo permanece igual.

Nada quebra o silêncio que se instalou.

Quietude rotineira, marasmo normal...

Que só indica algo, que nada mudou.

As questões foram todas colocadas.

Perguntas sem respostas? Quase todas.

E já nem mais anseio ser tão amada...

A esperança já se despediu com força.

Nestes versos será bem pouca a fala,

pois a tua resposta eu já compreendi.

Evito o desperdício das minhas palavras,

nada de explicações, indagações, enfim.

Não lamento mais, estou serena e calma.

Quero viver a paz de um pássaro em vôo.

E não mais ouvir o teu silêncio que só fala.

E que me diz: não me espere, teu não sou.

Encerro aqui, na minha vida mais um capítulo.

Como um livro que agora com a página virada.

Mais uma fase de um amor não correspondido.

Outra vez sou mulher que não é por ele achada.

Anne Jansen
Enviado por Anne Jansen em 25/05/2012
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