Soneto sem Esperança
Eis o homem:
Um amontoado de carbono
E sinapses
Achando que o amor existe!
Pobre diabo!
Porque tem um cérebro
Capaz de compreender sua própria limitação
Julga-se superior!
Quem dera viver como os animais
Correr, caçar, comer, defecar, dormir e reproduzir
Sem pensar, sem refletir
Pois no fim, é pra lá que vamos
Quem dera não soubéssemos
De nosso destino irrevogável!