CAMINHO SOLIDÃO
Odir Milanez
Pela noite da vida
caminho a quimera
sem tempo de espera,
sem ter que chegar,
seguindo o fustigo
do vento na noite,
sofrendo o castigo
da chuva do açoite
batendo em meu rosto,
lavando o desgosto
de ser solidão.
Sem rumo e razão,
sem senso da estrada,
procuro por tudo
na busca do nada.
E o nada que apronto
se encontra comigo
e comigo eu me faço
de amigo e inimigo.
E me dou um abraço
apertado, e me chamo,
e me vou quando sigo
comigo ou me sento,
e comigo converso.
E me vou pensamento,
que a cada momento
me faz mais um verso.
Um verso diverso
dos versos que fiz,
um verso infeliz
para o meu coração
que sofre calado,
batendo ao meu lado,
no lado direito,
guardando o meu peito
que é só solidão...
JPessoa/PB
18.05.2012
oklima
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e o versa versos d'amor...
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