FIO CONDUTOR.
Pelo fio condutor de minha amargura
A fragmentação de tua identidade
Uma manta de retalhos de ilusões
Na dormência de pequenas verdades
O castelo inexistente do que foi dito
Guarda em seu calabouço decepções
Onde padece minha transcendência
Nos instantes de teu tempo irreal
Minhas horas nunca foram factícias
Laterígrado desse insipiente momento
Fito o espectro de minha esperança
E pressinto natimorto tal amanhã
Onde residem minhas pretensões
Hoje inala e emana apenas incerteza
Como eram tolas minhas observações
Mas mais cálido é o abrangente destino
Diminuindo meus incautos espaços
Subtraindo minhas frugais dimensões
Pela insustentável abrangência desse ser
Que transpiro por todos meus poros
Mesmo sendo fugaz em ti minha presença
Absorvo o impacto de minha pequenez
Para quem sabe crescer em meu hoje
O ontem passou e o amanhã não sei
Dentro dessa incógnita ampulheta
Esperarei que as coisas fluam naturais
E assim quem sabe encontrarei meu cais
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