O VIAJANTE DOS VENTOS

Faz com que eu vá em direção a tudo quanto me contradiz

Cala tua voz e assim me diz o que meus olhos querem escutar

Pra que o chorar faça do sorriso sua fonte e raiz

Pra que esse ato que não fiz, por meio do jamais se possa viabilizar!

Abre as asas desse impossível e nele estabeleça minhas esperanças

Nas estáticas danças que se promovem em todo som sob mudez

Veste minha crise com nudez e lhe empobreça com heranças

Pra que por meio de tamanhas abastanças eu seja a fome de tua escassez!

Haja sobre ti a lei sublime do fracasso triunfador

Que agrega o meu amor às listas dos passados sem futuro

Pra que eu me ilumine nesse escuro, pra que eu congele nesse ardor

Como argumento exterior do que internalizo como um muro!

Que aqui estou e assim serei bem mais além até que os tempos

Um viajante dos ventos atado e alado em teu perfume

Que a felicidade une aos indesatáveis laços dos sofrimentos

Que nasce em sonhados momentos e morre nos braços do ciúme!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

www.reinaldoribeiro.net

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 09/05/2012
Reeditado em 09/05/2012
Código do texto: T3658062
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